ACERVO MUSICAL | Consulado da Portela de SP
 

ARMANDO SANTOS

ARMANDO ANTÔNIO DOS SANTOS

23/08/1915 - RIO DE JANEIRO - RJ


29/08/2001 - RIO DE JANEIRO - RJ

Nasceu em Bento Ribeiro, de onde saiu ainda bebê para Água Santa. Quando tinha 4 anos, a família mudou-se para Madureira. Casou-se em 1937 e em 1940 foi levado para a Portela, por Juca Redondo.

Na ocasião, seu Armando já havia gravado duas composições: “Não devemos zombar” e “Minha sorte”. Foi parceiro de Augusto Lima, pai do compositor Jorge Benjor. É autor de “A maldade não tem fim”, incluída no primeiro disco da Velha Guarda da Portela, e de “Em primeiro lugar”, parceria com Chico Santana.

Trabalhou durante muitos anos em uma companhia exportadora de café, onde exerceu a função de provador e classificador. Sempre bem remunerado, teve uma vida tranquila. Consagrou-se na Portela como dirigente.

Em 1953, quando era presidente da escola, teve muita dificuldade para apresentar o carnaval. Somente no dia do desfile conseguiu baterias que gerassem energia para a iluminação dos painéis que ilustrariam o enredo “As seis datas magnas”.

Naquele ano, introduziu os tripés no desfile das escolas de samba. Foi um desfile magnífico e a Portela obteve nota máxima em todos os quesitos. Como resultado do desfile de 1952 havia sido anulado, por impugnação da Império Serrano, ficou decidido que o vencedor do carnaval de 1953 seria automaticamente o campeão do ano anterior. Por isso, os portelenses festejam a vitória daquele ano como o carnaval dos 400 pontos, multiplicando por dois o total de 200 pontos obtidos na apuração.

Participou do primeiro disco da Velha Guarda e durante a década de 1970 apresentou-se com o grupo. Depois, preferiu organizar os veteranos da escola, abrigando-os na antiga sede, a Portelinha. Reformou o prédio, que estava em situação deplorável, com a ajuda de Dib do Salgueiro, que conseguiu o patrocínio da aguardente Praianinha.

Armando Santos criticou com veemência os rumos trilhados nos últimos anos pela Portela e afirmava que as escolas hoje vivem das glórias do passado e a Velha Guarda “resiste pela força de suas músicas”.

Armando Santos faleceu no ano de 29 de agosto de 2001.